quinta-feira, 27 de maio de 2010

Monumentos de Porto Alegre

Primeiro monumento de POA

Instalado na Praça da Matriz em 1866, o chafariz em homenagem ao Rio Guaíba, era derivado de uma leva de chafarizes instalados pela Cia Hidráulica para oferecer água potável aos habitantes. Tendo seu projeto atribuído ao arquiteto José Obino.


Conde de Porto Alegre

Situado na Praça Conde de Porto Alegre, o monumento dedicado a Manuel Marques de Sousa III, o Conde de Porto Alegre Combatente na revolução Faroupilha, na guerra Cisplatina e foi horói da Batalha de Tiuiti, que ocorreu durante a guerra do Paraguai.
Foi o segundo monumento a ser instalado em Porto Alegre, erguido na Praça da Matriz em 1885, à frente do palácio do governo. Foi transferido para sua localização atual em 1912, quando o intendente José Montaury alterou a denominação do logradouro de Praça General Marques para Praça Conde de Porto Alegre.


Júlio de Castilhos

A sua construção foi decidida logo após a morte do Jornalista e politico brasileiro Júlio de Castilhos, ocorrida em 24 de outubro de 1903.
Foi presidente do Rio Grande do Sul por duas vezes e principal autor da Constituição Estadual de 1891. Disseminou o ideário positivista no Brasil.

Monumento e tumulo de Bento Gonçalves



Em agosto de 1900, os restos mortais de um grande nome da guerra dos Farrapos, General Bento Gonçalves foram entregues ao Município. O monumento foi encomendado ao escultor português Teixeira Lopes e custeado pela Intendência da Cidade do Rio Grande e de outros municípios.
A transferência da urna de mármore em que estavam guardadas as cinzas de Bento Gonçalves para o pedestal do monumento ocorreu em 20 de setembro de 1909.

Monumentos de Garibaldi


Erguido para comemorar a memória do combatente italiano, conhecido como o Herói de dois Mundos, o monumento é resultado de uma iniciativa da comunidade italiana no Rio Grande do Sul, que realizou uma subscrição para seu custeio, sendo inaugurado em 20 de setembrode 1913 e dedicado ao povo riograndense, segundo reza a inscrição de seu pedestal

Barão de Rio Branco


O Monumento ao Barão do Rio Branco é um monumento público erigido na Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre, RS, em frente ao Memorial do Rio Grande do Sul.
O Barão de Rio Branco foi um diplomata, geográfo e historiador brasileiro. Filho de José Maria da Silva Paranhos, visconde do Rio Branco, tornou-se amplamente conhecido pelo seu título nobiliárquico: barão do Rio Branco.

General de osório
O Monumento ao General Osório é um monumento público localizado na Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre, erguido em homenagem a patrono da Cavalaria do Exército Brasileiro e herói da Guerra do Paraguai.



Fonte Talavera de la Reina


A Fonte Talavera de La Reina é um monumento da cidade de Porto Alegre. Encontra-se em frente ao prédio da prefeitura, na Praça Montevidéo número 10, e foi um presente da colônia espanhola em 1935, por ocasião da comemoração do centenário da Revolução Farroupilha. Sinaliza o marco zeroda cidade.

Laçador

No 20 de setembro de 1958, ela foi inaugurada, sendo instalada na entrada principal da cidade, junto ao Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Num concurso público em 1991, a estátua de bronze de 4,45 metros de altura (6,55 metros com o pedestal) e 3,8 toneladas foi escolhida como símbolo da capital gaúcha, com a maioria dos votos populares.
Portava originalmente uma boleadeira, mas após depredação e reforma em 1993 passou a portar um chicote na mão.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Conclusão da pesquisa

Durante o primeiro trimestre de 2010 pesquisamos sobre "A Guerra dos Farrapos", para isso nos dividimos em pequenos grupos para podermos nos aprofundar em alguns aspectos.

Ao longo deste período descobrimos que nossa cultura é muito diversificada, vamos comentar agora uma conclusão sobre o que nós pesquisamos.

Nossa pesquisa é baseada em culinária, roupas gaúchas, poemas, lendas, leis, cultura, filmes e novelas, influências, alguns mandamentos, danças, músicas e monumentos.

Desde o início da nossa pesquisa nos surpreendemos com algumas características a respeito dos gaúchos, como por exemplo: os trajes, pois quando vemos uma prenda nunca imaginamos que ela poderia possuir tantos acessórios! Apesar de nem todas prendas seguir os 18 mandamentos, aquela que realmente se orgulha de ser gaucha, se arruma de acordo com todos os passos que precisam ser seguidos. Também conhecemos alguns pintores, que são conhecidos por ter feito obras que são consideradas famosas, como a do Negrinho do Pastoreio, que tem como seu autor Aldo Locatelli.

O que achamos bastante interessante é que a nossa cultura foi influenciada por outros países da cultura espanhola, como Argentina e Uruguai. Como o tema é muito amplo, precisaríamos de mais tempo para concluir a pesquisa, mais este trabalho demonstra um pouco da grande cultura gaucha. Os monumentos foram e ainda são uma forma que tiveram para homenagear os grandes nomes da Guerra dos Farrapos, e também da guerra do Paraguai.

terça-feira, 18 de maio de 2010

As 18 recomendações do traje da prenda

01) O vestido deve ser uma peça, com a barra da saia à altura do peito do pé.
02) A quantidade de passa-fitas, apliques, babados e rendas, é de livre criação.
03) O vestido deve ser de tecido estampado ou liso, sendo facultado o uso de tecido sintético com estamparia miúda ou petit-pois.
04) Vedado o decote e vestidos transparentes.
05) Saia de armar, quantidade livre e lógica.
06) Obrigatório o uso de bombachinhas rendadas ou não, cujo comprimento deverá atingir a altura do joelho.
07) Mangas até o cotovelo, ¾ ou até os pulsos.
08) Lenço com pontas cruzadas sobre o peito, ou fichu (de seda com franjas ou crochê), uma ou outra peça, presa com broche o camafeu, facultativo o uso de chale.
09) Meias longas, brancas ou coloridas, não transparentes.
10) Sapato de salto S ou meio salto que abotoa do lado de fora por uma tira que passa sobre o peito do pé, ou botinha (para estancieira).
11) Cabelo solto em trança (única ou dupla), enfeitado com flores ou fitas.
12) Facultado o uso de brincos de argola inteira, de metal, ou outros discretos, vedado os de fantasia ou plásticos.
13) Permitido o uso de pulseiras de metal. Não são aceitas pulseiras de plástico.
14) Vedado o uso de colares. Permitido correntinha com medalha ou pingente discreto.
15) Permitido o uso de um anel de metal em cada mão.
16) É permitido o uso discreto de maquiagem.
17) Vedado o uso de relógio de pulso grande e indiscreto.
18) Livre criação, quando as cores, padrões e silhuetas, dentro dos parâmetros acima numerados.

Fonte: Tradição Gaúcha em Santa Catarina. 136p.
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Vestimenta da prenda**


Depois de algumas diferentes indumentárias que pilharam a penda gaúcha, finalmente ela ganhou um vestido definitivo a partir do 34.º Congresso do Tradicionalismo gaúcho, realizado em Caçapava do Sul, em 1989, para comparecer nos bailes e outros eventos que façam parte desta tradição.

De acordo com a revista Pampa, n.º, de março de 1991, a tese pertence ao professor Luiz Celso Hiarup, dando as linhas fundamentais para a confecção do paramento que, no melhor estilo machista, não quer saber de decotes ou fazendas transparentes.

Lei Estadual da Pilcha Gaúcha

Dep. Algir Lorenzon
Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.
LEI Nº 8.813, DE 10 DE JANEIRO DE 1989.

Oficializa como traje de honra e de uso preferencial no Rio Grande do Sul, para ambos os sexos, a indumentária denominada “PILCHA GAÚCHA”.

DEPUTADO ALGIR LORENZON, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no 5º do artigo 37 da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa decretou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º - É oficializado como traje de honra e de uso preferencial no Rio Grande do Sul, para ambos os sexos, a indumentária denominada “PILCHA GAÚCHA”.
Parágrafo único - Será considerada “Pilcha Gaúcha” somente aquela que, com autenticidade, reproduza com elegância, a sobriedade da nossa indumentária histórica, conforme os ditames e as diretrizes traçadas pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Art. 2º - A “Pilcha Gaúcha” poderá substituir o traje convencional em todos os atos oficiais, públicos ou privados, realizados no Rio Grande do Sul.

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO, em Porto Alegre, 10 de janeiro de 1989.

fonte: http://www.coxixogaucho.com.br/Default.php?PG=indumentaria

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Imagens Gaúchas

Como se faz um mate.
Um gaúcho com seu mate.

Vestimentas Gaúchas.

Nessa foto visualizamos os trajes e pratos tipícos de nossa cultura gaúcha, inclusive o mate.

Filmes que falam sobre a Guerra dos Farrapos

Aqui você vai ver filmes que falam sobre nosso trabalho que são:

Netto perde sua alma

Rio Grande do Sul / 2001 / 103 min.
Direção: Tabajara Ruas e Beto Souza
Elenco: Werner Schunemann, Laura Schneider e Sirmar Antunes

Sinopse: Os personagens da minissérie A Casa das Sete Mulheres estão de volta nessa história de heroísmo e paixão.

Ferido durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), o general Antônio de Souza Netto é recolhido ao hospital militar de Corrientes, Argentina. Ali percebe coisas estranhas acontecendo com outros pacientes ao seu redor.

Numa noite, recebe a visita de um antigo companheiro, sargento Caldeira, ex-escravo. Juntos rememoram o passado comum durante Guerra dos Farrapos (1835-1845). São muitas histórias, encontros trágicos, amigos e inimigos, amores e desafetos. Netto recorda o exílio em Piedra Sola, Uruguai, depois da derrota dos farroupilhas; o convívio com os fantasmas do passado; a descoberta do amor, com Maria Escayola e a Guerra do Paraguai. Naquela noite, unidos por duras lembranças, revelações surpreendentes e um terrível segredo, os dois veteranos enfrentam o derradeiro desafio.

A casa das sete mulheres

Título Original: A Casa das Sete Mulheres (Box 5 DVDs) - Brasil 2003

Atores: Thiago Lacerda , Giovanna Antonelli , Camila Morgado , Mariana Ximenes , Daniela Escobar , Marcello Novaes , Thiago Fragoso , Samara Felippo

Diretor: Jayme Monjardim , Marcos Schechtman

Sinopse: Um dos episódios mais turbulentos e emocionantes que o país já conheceu é magistralmente retratado nesta minissérie, com direção de Jayme Monjardim. Neste épico sobre a Revolução Farroupilha, as mulheres da família de Bento Gonçalves, o líder dos farrapos, são testemunhas e protagonistas de uma guerra que deixará marcas profundas em suas vidas. Em meio a batalhas vigorosas e personagens históricos, como Guiseppe e Anita Garibaldi, elas alternam situações dramáticas e momentos de pura magia. A Casa Das Sete Mulheres é uma história de amores e desencontros que vai conquistar seu coração de imediato. Uma obra repleta de idealismo, dor, coragem, solidão e paixões arrebatadoras. Você vai viver toda a intensidade dessas personagens e descobrir que quando os homens vão à guerra, as mulheres vão à luta.


Influências da cultura no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul é o maior e mais populoso estado da Região Sul, e limita-se com Uruguai, Argentina, Oceano Atlântico e Santa Catarina. O clima varia de acordo com a altitude: tropical nas zonas menos elevadas, e temperado, com geadas no inverno, nas terras mais altas. O estado abriga vegetação de campos (os Pampas gaúchos), floresta tropical e matas de araucária.
Os imigrantes europeus deixaram sua influência na comida, nos costumes, e na cultura do povo gaúcho. Também se cultiva, no estado, as tradições da região dos Pampas, na fronteira com o Uruguai e Argentina: chimarrão, churrasco e trajes típicos.
Muitas cidades, como Gramado e Canela, com fortes traços europeus, atraem turistas de todo o Brasil.

O Rio Grande do Sul apresenta uma rica diversidade cultural. A primeira é marcada pela vida no campo e pela criação bovina. A cultura gaúcha nasceu na fronteira entre a Argentina, o Uruguay e o Sul do Brasil.

A cultura mais importante é a Culinária, porque é nela que encontramos os principais símbolos Gaúchos:


Culinária

A cozinha tipíca tem como prato principal o churrasco (pedaços de carne cortados de modo especial, colocados em espetos e postos a assar em uma churrasqueira). A bebida típica é o chimarrão (chá de erva-mate quente e amargo sorvido por meio de uma bomba). O vinho e o curtido de cachaça com butiá são outras das bebidas preferidas dos gaúchos.

A tradição da Erva-Mate:

A Tradição do chimarrão é antiga, símbolo da Hospitalidade Gaúcha, de origem indígena o chimarrão autêntico, sem açúcar, toma-se em uma cuia de porongo, hoje, por uma bomba de metal. Em seus primórdios o chimarrão era consumido através de um “canudo” de taquara, chamado Taquapy. O chimarrão, por sua vez, também tem suas propriedades desintoxicantes e rico em cálcio e ferro. A Erva Mate, Ilex paraguariensis, é uma árvore nativa, um dos símbolos ecológicos do Rio Grande do Sul.

Os 10 mandamentos da erva-mate:

- NÃO PEÇAS AÇÚCAR NO MATE

- NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO É ANTI-HIGIÊNICO

- NÃO DIGAS QUE O MATE ESTÁ QUENTE DEMAIS

- NÃO DEIXES UM MATE PELA METADE

- NÃO TE ENVERGONHES DO "RONCO" NO FIM DO MATE

- NÃO ALTERES A ORDEM EM QUE O MATE É SERVIDO

- NÃO "DURMAS" COM A CUIA NA MÃO

- NÃO CONDENES O DONO DA CASA POR TOMAR O 1º MATE

- NÃO DIGAS QUE CHIMARRÃO DÁ CÂNCER NA GARGANTA

- CURTA A CUIA


Como fazer um mate:

1º Passo: Colocar a água para esquentar. Não esqueça-te que quando a chaleira estiver chiando já esta no ponto.
2º Passo: Colocar 2/3 de erva na cuia.
3º Passo: Acomodar a Erva sobre um dos lados da cuia, o tradicional é ao lado esquerdo.
4º Passo: Colocar um pouco de água morna.
5º Passo: Deixe a erva inchar por alguns instantes para que o morro fique firme.
6º Passo: Introduzir a bomba até o fundo da cuia.


Poema

Sou gaúcho forte, campeando vivo
Livre das iras da ambição funesta;
Tenho por teto do meu rancho a palha,
Por leito o pala, ao dormir a sesta.
Monto a cavalo, na garupa a mala,
Facão na cinta, lá vou eu mui concho;
E nas carreiras, quem me faz mau jogo?
Quem, atrevido, me pisou no poncho?

Autor:
João Simões Lopes Neto.

Música gaúcha


Música gaúcha

A música gaúcha fala coisas da natureza e do ambiente como: a terra, o chão, os costumes, o cavalo - sempre buscando a rima num arranjo muito acertado com as melodias, criando entre letra, música e dramatização.

Este estilo musical mostra origens na música flamenca espanhola, e na música portuguesa. A música tradicionalista pode ser difícil de ser interpretada em alguns casos, por outros grupos ou músicos que não possuem ligação direta com a cultura gaúcha.

O único ritmo riograndense é o bugio, criado pelo gaitero Wenceslau da Silva Gomes, o Neneca Gomes, em 1928, na região de São Francisco de Assis. Inspirado no ronco dos bugios, macacos que habitam as matas do Sul da América, o ritmo foi banido por ser considerado obsceno, mas foi mantido em São Francisco de Paula, onde hoje se realiza um festival "nativista" conhecido como "O Ronco do Bugio".


No Rio Grande do Sul também existe um ritmo chamado Tchê music, que incorpora ritmos tradicionalistas com influências do Maxixe nordestino. Também é comum neste estado, entre os descendentes de alemães, a Música folclorica alemã, em festivais como a Oktoberfest de Igrejinha.

Existem vários ritmos que fazem parte da folclore riograndense, mas a maioria deles são variações de danças de salão centro-européias populares no século XIX. Esses ritmos, derivados da valsa, do xote, da polca e da mazurca, foram adaptados como vaneira, vaneirão, chamamé, milonga, rancheira, xote.



A música "Querência Amada" de um dos melhores cantores gaúchos Teixerinha, que retrata as grandes belezas do Rio Grande do Sul.
Outra música dele que fala bastante sobre o Rio Grande do Sul é a "Velho Casarão", nesta música é citado a Revolução Farroupilha e revoluçoes que aconteceram no RS, a figueira que é um símbolo do estado, citava o chimarrão o maior costume gaúcho, na minha opinião, mas o que mais fala é sobre um casarão, que na música, era de seu vô, passou para seu pai.



As danças típicas gaúchas realmente animaram as festas do Rio Grande tradicional, e representaram um incentivo de alegria da grandeza histórica de nosso rincão.

A mais típica representação tradicional do Rio Grande do Sul, no campo das danças, é o velho "fandango". Antigamente o "fandango", era uma série de cantigas de sapateado, se originara das antigas danças de par solto, características da romântica Espanha.



Acima um exemplo de Fandango...

Músicas


Esquilador é uma música que foi premiada com prêmios internacionais, sendo uma música tradicionalista do Rio Grande do Sul.


César Passarinho é um outro grande cantor gaúcho.


A música Canto Alegretense, que também é uma música muito tradicionalista do RS.


Céu, sol, sul, terra e cor é outra música muito bonita que retrata beleza do RS.


Acima, um show que Renato Borghetti, Luciano Maia e Oscar dos Reis, apresentaram, tocando instrumentos típicos gaúchos, violão e o acordeon.

Abaixo alguns outros videos musicais que mostram um pouco da cultura gaúcha...



Giovanni Avila Marcolin e Adriélli da Silva Souza

Lendas


Negrinho do pastoreio

É a história de um menino escravo sacrificado por ter perdido uma tropilha de cavalos de seu patrão.

Açoitado até a morte,o negrinho foi colocado sobre um formigueiro no campo.a tradicao do negrinho do pastoreio é nascida no estrume da escravidão, atesta augusto meyer,que identificou a versão mais antiga da lenda.

João-de-barro

Contam os índios que, há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza. Melhor dizendo: apaixonaram-se. Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento. O pai dela perguntou:

- Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da tribo?

- As provas do meu amor! - respondeu o jovem.

O velho gostou da resposta mas achou o jovem atrevido. Então disse:

- O último pretendente de minha fila falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia.

- Eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei.

Toda a tribo se espantou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova.

nrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse nem fosse alimentado. A jovem apaixonada chorou e implorou à deusa Lua que o mantivesse vivo para seu amor. O tempo foi passando. Certa manhã, a filha pediu ao pai:

- Já se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.

O velho respondeu:

- Ele é arrogante. Falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece.

E esperou até até a última hora do novo dia. Então ordenou:

- Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.

Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seu olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz mágica. Sua pele estava limpa e cheirava a perfume de amêndoa. Todos se espantaram. E ficaram mais espantados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num corpo de pássaro!

E exatamente naquele momento, os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que também se viu transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a floresta onde desapareceu para sempre

Contam os índios que foi assim que nasceu o pássaro joão-de-barro.

A prova do grande amor que uniu esses dois jovens está no cuidado com que constroem sua casa e protegem os filhotes. E os homens amam o joão-de-barro porque lembram da força de Jaebé, uma força que vinha do amor e foi maior que a morte.

Umbu
O Umbu é uma árvore grande e folhuda que cresce no pampa. Muitas vezes é solitária, erguendo-se única no descampado e atrai os campeiros, os tropeiros, os carreteiros que fazem pouso sob sua proteção. O tronco do Umbu é muito grosso, as raízes fora da terra são grandes, mas ninguém usa a madeira da árvore - não serve para nada, mesmo. É farelenta, quebradiça, parece feita de uma casca em cima da outra.
Por quê?
Pois não vê que quando Deus Nosso Senhor criou o mundo, ao fazer as árvores perguntava a cada uma delas o que queria na terra. A laranjeira, o pessegueiro, a macieira, a pereira e assim por diante, quiseram frutos deliciosos. O pau-ferro, o angico, o ipé, o açoita-cavalo, a guajuvira, pediram madeira forte.

- Nada, Senhor. - respondeu o Umbu. - Eu quero apenas folhas largas para as sesteadas dos gaúchos e uma madeira tão fraca que se quebre ao menor esforço.

- A sombra, Eu compreendo - disse o Senhor. - Mas porque a madeira fraca?

- Porque eu não quero que algum dia façam dos meus braços a cruz para o martírio de um justo.

E Deus Nosso Senhor, que teve o filho crucificado, atendeu o pedido do Umbu.


Salamanca do Jarau

No tempo dos padres jesuítas, existia um moço sacristão no Povo de Santo Tomé, na Argentina, do outro lado do rio Uruguai. Ele morava numa cela de pedra nos fundos da própria igreja, na praça principal da aldeia.

Ora, num verão mui forte, com um sol de rachar, ele não conseguiu dormir a sesta. Vai então, levantou-se, assoleado e foi até a beira da lagoa refrescar-se. Levava consigo uma guampa, que usava como copo.

Coisa estranha: a lagoa toda fervia e largava um vapor sufocante e qual não é a surpresa do sacristão ao ver sair d'água a própria Teiniaguá, na forma de uma lagartixa com a cabeça de fogo, colorada como um carbúnculo. Ele, homem religioso, sabia que a Teiniaguá - os padres diziam isso!- tinha partes com o Diabo Vermelho, o Anhangá-Pitã, que tentava os homens e arrastava todos para o inferno. Mas sabia também que a Teiniaguá era mulher, uma princesa moura encantada jamais tocada por homem. Aquele pelo qual se apaixonasse seria feliz para sempre.

Assim, num gesto rápido, aprisionou a Teiniagá na guampa e voltou correndo para a igreja, sem se importar com o calor. Passou o dia inteiro metido na cela, inquieto, louco que chegasse a noite. Quando as sombras finalmente desceram sobre a aldeia, ele não se sofreu: destampou a guampa para ver a Teiniaguá. Aí, o milagre: a Teiniaguá se transformou na princesa moura, que sorriu para ele e pediu vinho, com os lábios vermelhos. Ora, vinho só o da Santa Missa. Louco de amor, ele não pensou duas vezes: roubou o vinho sagrado e assim, bebendo e amando, eles passaram a noite.

No outro dia, o sacristão não prestava para nada. Mas, quando chegou a noite, tudo se repetiu. E assim foi até que os padres finalmente desconfiaram e numa madrugada invadiram a cela do sacristão. A princesa moura transformou-se em Teiniaguá e fugiu para as barrancas do rio Uruguai, mas o moço, embriagado pelo vinho e de amor foi preso e acorrentado.

Como o crime era horrível - contra Deus e a Igreja! - foi condenado a morrer no garrote vil, na praça, diante da igreja que ele tinha profanado.

No dia da execução, todo o Povo se reuniu diante da igreja de São Tomé. Então, lá das barrancas do rio Uruguai a Teiniaguá sentiu que seu amado corria perigo. Aí, com todo o poder de sua magia, começou a procurar o sacristão abrindo rombos na terra, um valos enormes, rasgando tudo. Por um desses valos ela finalmente chegou à igreja bem na hora em que o carrasco ia garrotear o sacristão. O que se viu foi um estouro muito grande, nessa hora, parecia que o mundo inteiro vinha abaixo, houve fogo, fumaça e enxofre e tudo afundou e tudo desapareceu de vista. E quando as coisas clarearam a Teiniaguá tinha libertado o sacristão e voltado com ele para as barrancas do rio Uruguai.

Vai daí, atravessou o rio para o lado de cá e ficou uns três dias em São Francisco de Borja, procurando um lugar afastado onde os dois apaixonados pudessem viver em paz. Assim, foram parar no Cerro do Jarau, no Quaraim, onde descobriram uma caverna muito funda e comprida. E lá foram morar, os dois.

Essa caverna, no alto do Cerro, ficou encantada. Virou Salamanca, que quer dizer "gruta mágica", a Salamanca do Jarau. Quem tivesse coragem de entrar lá, passasse 7 Provas e conseguisse sair, ficava com o corpo fechado e com sorte no amor e no dinheiro para o resto da vida.

Na Salamanca do Jarau a Teiniaguá e o sacristão se tornaram os pais dos primeiros gaúchos do Rio Grande do Sul. Ah, ali vive também a Mãe do Ouro, na forma de uma enorme bola de fogo. Às vezes, nas tardes ameançando chuva, dá um grande estouro numa das cabeças do Cerro e pula uma elevação para outra. Muita gente viu.


terça-feira, 11 de maio de 2010

Assim tudo começou...

O interesse por saber mais sobre a Guerra dos Farrapos, e o que herdamos de influências culturais e artísticas foi o grande motivador das pesquisas. A seguir teremos as postagens sobre os diversos temas pesquisados, dentre eles: Monumentos em Porto Alegre que referenciam personagens dessa Revolução; Dança e Música; Lendas; Filmes e séries de TV, além de outros desdobramentos da pesquisa.